A Marinha do Brasil recebeu no dia 9 de dezembro mais uma unidade modernizada da sua frota de AF-1 Falcão, internacionalmente conhecidos como A-4 Skyhawk. Trata-se do AF-1C com matrícula N-1021.
Com espaço para dos tripulantes, a aeronave será usada tanto para treinamento de futuros pilotos quando atividades operativas que tenham mais complexidade. A designação “AF-1C” se dá porque os primeiros Skyhawk da Marinha foram designados como AF-1 (monoplaces) e AF-1A (biplaces). Após a modernização, os modelos foram designados AF-1B e AF-1C, respectivamente.
O trabalho de modernização, realizado pela Embraer, teve como destaque a instalação do novo radar, um sistema de Radar Warning Receiver (RWR), novos rádios de comunicação, sistema autônomo de geração de oxigênio (OBOGS), dois Color Multi-Function Display (CMFD) e um Head-Up Display (HUD), além da implantação de novos controle para permitir a operação chamada de HOTAS – Hands on Throttle and Stick. A aeronave é tecnologicamente adequada para o cenário da guerra aérea atual.
O principal destaque da modernização foi a adoção do radar EL/M 2032, com modos ar-ar, ar-solo e ar-mar, neste último caso sendo capaz de acompanhar até 64 embarcações ao mesmo tempo a distâncias de até 160 km. Com o modo de operação de abertura sintética inversa (ISAR) é possível elaborar uma imagem da silhueta do alvo, e assim identificá-lo.
Modernização
O plano inicial de modernização de 12 aviões, sendo nove monoplaces e os três biplaces, foi reduzido para quatro monoplaces e dois biplaces. Com a perda da aeronave AF-1B matrícula N-1011, houve a mudança no contrato de modernização para envolver efetivamente cinco monoplaces, de modo a manter a frota com quatro unidades.
Apesar de não contar com porta-aviões, a Marinha do Brasil vê os AF-1 como estratégicos. Em apenas 30 minutos de voo, o caça alcança o limite da Zona Econômica Exclusiva (ZEE). Com três tanques suplementares, é possível ir até o arquipélago de Trindade e voltar. Essa capacidade de esclarecimento livra helicópteros como os SH-16 e os AH-11B da tarefa, além de reduzir o pedido de auxílio dos P-3AM da Força Aérea Brasileira.
Ao mesmo tempo, os AF-1 são utilizados para manter viva a doutrina de operações embarcadas. Mesmo no solo, as equipes de mecânicos utilizam os uniformes coloridos típicos da aviação embarcada. E, mais importante ainda, todos os pilotos do VF-1 têm a experiência de realizar pelo menos um pouso a bordo, em um porta-aviões dos EUA, quando fazem lá o curso operacional com os jatos T-45 Goshawk.
Recuperação de aeronaves
O Grupo Aeronaval de Manutenção tem se destacado para garantir a disponibilidade da frota. O maior exemplo é o AF-1 com matrícula N-1001: a aeronave se envolveu em um uma colisão no ar em 26 de julho de 2016, que resultou na perda do N-1011. Porém, o pessoal “da graxa” não desistiu do N-1001: após 1.711 dias em solo, o caça Skyhawk voou no dia 1º de abril de 2021.
O trabalho contou com o apoio da Força Aérea Brasileira e da Embraer, que recebeu um contrato específico de reparo pós-acidente. Foram necessários serviços de análise de engenharia e estruturas, execução de SDLM (Standard Depot Level Maintenance), reparo do cone de cauda e reparo estrutural e dos sistemas modernizados. O AF-1 N-1001 precisou também passar por ensaios não destrutivos, inspeção de raio-X e tratamento de corrosão.
Outro AF-1 também foi recuperado pelo Grupo Aeronaval de Manutenção. Trata-se do AF-1 com matrícula N-1013, que se envolveu em um acidente durante a decolagem, em 21 de outubro de 2019.
Já o AF-1C com matrícula N-1022 teve trincas na asa direita identificadas em 2020, pouco mais de três anos após ser recebida modernizada, em abril de 2018. O próprio Grupo Aeronaval de Manutenção fez o reparo no avião. O trabalho foi de 15 de junho a 20 de agosto.
Os militares brasileiros precisaram até moldar chapas e adaptá-las para alcançar o formato ideal, bem como desenvolver ferramentas. Foi a primeira vez que a própria Marinha do Brasil realizou um reparo deste tipo.
LEIA TAMBÉM:
Esquadrão da Marinha passou 10 anos sem praticar tiro terrestre com canhão
Sem porta-aviões, Marinha treina para operar caças embarcados
FAB analisa possível segundo lote de caças Gripen
-
Produto em promoçãoRevista ASAS – Edição 111Original price was: R$22.90.R$7.90Current price is: R$7.90.
-
Produto em promoçãoO VOO DO IMPOSSÍVELOriginal price was: R$106.00.R$84.80Current price is: R$84.80.
-
Produto em promoçãoRevista ASAS – Edição 112Original price was: R$22.90.R$7.90Current price is: R$7.90.
-
Produto em promoçãoRevista ASAS – Edição 113Original price was: R$22.90.R$7.90Current price is: R$7.90.
-
Produto em promoçãoO Primeiro e o ÚltimoOriginal price was: R$87.00.R$69.60Current price is: R$69.60.
-
Produto em promoçãoRevista ASAS – Edição 114Original price was: R$26.70.R$7.90Current price is: R$7.90.
-
Produto em promoçãoRevista ASAS – Edição 115Original price was: R$26.70.R$7.90Current price is: R$7.90.
-
Produto em promoçãoASSINE ASAS E GANHE NA PROXIMA EDIÇÃO O ÁLBUM DE FIGURINHAS: AVIÕES DE GUERRAOriginal price was: R$214.80.R$198.00Current price is: R$198.00.
-
Produto em promoçãoRevista ASAS – Edição 116Original price was: R$26.70.R$7.90Current price is: R$7.90.