AVIAÇÃO COMERCIAL & PRIVADA

Nova companhia brasileira vai usar aviões de concorrente da Embraer

Os planos da Itapemirim de se lançar como companhia aérea têm um componente estranho para a realidade brasileira: a operação de aeronaves da Bombardier, rival histórica da Embraer. Por conta da facilidade de manutenção no Brasil, as aeronaves fabricadas em solo nacional sempre tiveram preferência frente a modelos estrangeiros das mesmas categoria.

De acordo com as informações divulgadas hoje pela Folha de São Paulo, já teriam sido encomendadas 35 aeronaves fabricadas pela Bombardier, sendo 15 com capacidade até 80 passageiros e 20 para cem ocupantes. Não há ainda informações se seriam aeronaves novas ou usadas, mas pelos números é possível que se tratem de aeronaves CRJ900 e CRJ1000, respectivamente, concorrentes diretos dos Embraer 170 e Embraer 190, ou dos mais modernos Embraer 175-E2 e Embraer 190-E2.

A Itapemirim espera a chegada da primeira aeronave Bombardier já no próximo ano. Com o investimento de R$ 2,1 bilhões de fundos dos Emirados Árabes Unidos, a empresa deve criar um serviço que entrega o serviço aéreo à sua frota de ônibus. A Itapemirim também pretende passar a administrar aeroportos regionais.

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Redação

Comentários

  • Essa é grande vantagem de se viver em um país com livre mercado. O cliente pode comprar seus produtos dos mais variados fornecedores, melhores condições de financiamento, leasing, manutenção, simuladores e outras garantias transacionais. Ou até comprar porque simplesmente se identifica com o produto e a marca. Veja o caso dos automóveis. Viva o livre comércio.
    Basta de mercados restritos e cativos. Vocês lembram quando companhias aéreas Brasileiras eram impedidas de comprar aeronaves concorrentes do Bandeirante? É proibido comprar outra aeronave pois existe similar nacional! Foi o verdadeiro tiro no pé e desincentivo a aviação regional. Os produtos estrangeiros tinham melhores condições de financiamento e em alguns caso, até performance. Até hoje, uma gama de aeronaves regionais turboélices de 16 a 23 lugares nunca foram certificadas no Brasil e a oportunidade de diversidade e mercados perdida.
    Na minha opinião, as aeronaves encomendadas parecem ser 15 Dash Q400 e 25 CRJ1000.
    Saudações e bons voos,

  • Naquela época a política de incentivar a industrialização em setores industriais importantes foi implantada através de empresas estatais, inclusive o setor aeronáutico, pois na época a iniciativa privada não enfrentou este desafio feito pelo governo militar. Com o tempo a mesma deixou de ter sentido, pois a livre concorrência permite a competição entre fabricantes, estimulando o desenvolvimento pela indústria por novos e melhores produtos, diminuição de preços, custos de manutenção e operação. Indústria não pode ser eternamente protegida, a acomodação gera defasagem tecnológica e produtos não competitivos, consequentemente põe em risco a própria sobrevivência da empresa no mercado e a perda de empregos qualificados. A Embraer depois de privatizada, passou a ter condições de desenvolver melhores produtos e disputar o mercado mundial com produtos reconhecidos em todos os continentes. Caso contrário não teria sobrevivido neste mercado que necessita de grande volume de recursos financeiros para o desenvolvimento tecnológico constante e que se caracteriza pela forte concentração de poucos fabricantes e concorrência acirrada entre os mesmos.

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