Depois de ser derrotado em concorrências internacionais, como no Brasil, o caça Rafale começa a consolidar sua presença internacional. Cinco aeronaves foram recebidas nesta quinta-feira pela Força Aérea da Índia, a quarta do mundo a receber o jato. A encomenda total, de 36, deverá estar totalmente entregue pela empresa Dassault até o fim do próximo ano.
Quando o Rafale foi cogitado para operar na Força Aérea Brasileira, o modelo não havia alcançado ainda nenhuma exportação. Pouco mais de um ano depois de o Brasil anunciar o Gripen como o vencedor da concorrência F-X2, o Rafale conquistou seus primeiros clientes internacionais. O contrato com o Egito foi assinado em fevereiro de 2015. Três meses depois foi a vez do Catar também encomendar o caça francês. Hoje, os quatro países voam o Rafale.
Foto: Força Aérea da Índia
O outro concorrente derrotado no F-X2, o norte-americano F-18E/F Super Hornet, também tinha um histórico de insucesso nas vendas internacionais. Além dos Estados Unidos, apenas a Austrália também operava o modelo. Em março deste ano, porém, foi revelado que a Alemanha deve adquirir 45 unidades para substituir parte da sua frota de jatos Tornado.
Já o vencedor do programa F-X2, o sueco Gripen, continua com seus dois clientes de lançamento: Suécia e Brasil. A Suíça chegou a selecionar o modelo, mas um referendo acabou barrando a compra dos caças.
Foto: Força Aérea da Índia
Vale salientar que, apesar de terem recebido melhorias ao longo dos anos, tanto o Rafale quanto o F-18E/F são aeronaves com um histórico mais longo que o Gripen selecionado pela FAB. Enquanto os dois primeiros estão em uso desde o início da década, e já tinham uma linha de montagem em ação, a versão do Gripen ainda em desenvolvimento voou pela primeira vez em 2017. Há várias mudanças frente aos modelos anteriores, sendo necessária uma campanha de testes totalmente nova. Um dos primeiros jatos produzidos chegará ao Brasil ainda este ano.
