Trump deu o ultimato: ou a Turquia desistia de receber o sistema de defesa aéreo russo S-400 ou não receberia os caças F-35 Lightning II, o mais avançado das forças Ocidentais e com 120 unidades planejadas para . A Turquia escolheu: na sexta-feira, desembarcaram no país as primeiras baterias do S-400.
A TV estatal turca confirmou o desembarque e informou que o sistema deverá ser instalado próximo à capital do País. O contrato com a Rússia foi assinado em 2017, no valor de US$ 2,5 bilhões de dólares, e sempre foi alvo de críticas dos Estados Unidos e da OTAN, aliança da qual a Turquia faz parte.
O S-400 Triumph, designado na OTAN como SA-21 Growler, combina um radar capaz de detectar alvos a até 600 km de distância, sendo possível identificar aeronaves “invisíveis a radar” a 150 km de distância. O sistema pode incluir dezenas de baterias de lançamentos de mísseis, podendo guiar até 160 simultaneamente, contra até 80 alvos que podem variar de caças supersônicos, drones, mísseis balísticos, etc.
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Para isso, o S-400 usa até seis tipos de mísseis ao mesmo tempo, variando desde o 40N6E, com alcande de 400 km e capacidade de interceptar mísseis foguetes a dezenas de quilômetros de altura voando a várias vezes a velocidade do som, até o 9M96E, com alcance máximo de 20 km contra alvos rápidos voando a baixa altura. De acordo com a imprensa russa, a taxa de acerto chega a 83,3%.
Já o caça F-35 foi desenvolvido para se contrapor, precisamente, a ameaças como o sistema S-400. Furtivo, isto é, com detecção difícil aos radares, o avião está em nos primeiros anos de operação com os Estados Unidos e países da OTAN (Reino Unido, Itália, Holanda, Noruega, Bélgica e Dinamarca), além de Israel, Austrália, Japão e Coreia do Sul.
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O esforço para que os principais segredos do F-35 não sejam revelados pelos oponentes aos EUA é grande. No Oriente Médio, sob risco de ser analisado pelas forças russas, os F-35 em missão têm usado acessórios para voarem, intencionalmente, sem sua capacidade de furtividade.
Por isso a parceria com a Turquia deve ser suspensa. O país planejava operar 120 unidades, já tendo encomendado 30. Quatro foram recebidas e eram utilizadas para formação dos pilotos nos Estados Unidos, porém, com a parceria crescente entre a Turquia e a Rússia, foi decidido que não seriam enviadas ao país comprados. Agora, tudo deve ser cancelado com as prometidas sanções do presidente Donald Trump.
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Enquanto isso, o líder turco Recep Tayyip Erdoğan diz que o país é soberano para adquirir sistemas de defesa de qualquer origem.
A Turquia pode sair da Otan com essa decisão ?
Devia.. mas é um “tampão” para o ocidente, pois tem um dos maiores exércitos do mundo.