Com relações diplomáticas amplas tanto com os Estados Unidos quanto com a Rússia, além de fazer parte do bloco BRICS, os Emirados Árabes Unidos destacam, nesta semana, seu Dubai Air Show 2025, como uma mostra de aviação realmente global. E, em 2025, os caças de quinta geração Su-57 Felon e F-35, de Rússia e Estados Unidos, travam uma verdadeira batalha pelo domínio do mercado, principalmente na região do Oriente Médio.
A Rússia levou ao evento um mockup do Su-57E com novas saídas dos motores, revelando inovações tanto pela vetoração de empuxo quanto pela melhoria das características stealths. Em paralelo, Vadim Badekha, CEO da the United Aircraft Corporation (UAC), confirmou à imprensa que houve a entrega das duas primeiras unidades de exportação, ainda que sem revelar o cliente. Documentos vazados da Rússia indicam ser para a Argélia.
Um Su-57 da versão inicial também está em exposição no Dubai Air Show, marcando sua terceira presença em eventos internacionais de aviação, depois de mostras na China e na Índia. A Rússia afirma que o caça já foi provado em missões reais de combate sobre a Síria e a Ucrânia.
A milhares de quilômetros dali, na Casa Branca, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou que será realizada a exportação de caças F-35A para o Reino da Arábia Saudita. Não foram dados detalhes adicionais. O assunto está na pauta da visita do príncipe Mohammed bin Salman à Washington. O país é um tradicional aliado dos EUA na região e já opera jatos F-15. Os EUA também avaliam a venda do F-35 para o Catar.
Apesar de ser uma região de amplos investimentos na área de defesa, o Oriente Médio segue tendo um único operador de caças de quinta geração: Israel. Os movimentos de Rússia e Estados Unidos, porém, indicam que não há mais predisposição em barrar esse tipo de tecnologia para países da área.
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