Em evento aberto à imprensa na turística Museu-Fragata Sarmiento, o Ministério da Defesa da Argentina firmou hoje com o governo da Noruega a aquisição de quatro aviões de patrulha marítima P-3 Orion usadas. A primeira deverá ser recebida ainda em 2023 e as demais no próximo ano. O contrato é estimado em mais de 60 milhões de dólares.
De acordo com o ministro da defesa da Argentina, Jorge Taiana, duas missões principais estão em foco: a vigilância e controle do mar territorial e a busca e salvamento. A falta de aeronaves do tipo disponíveis durante a mobilização ocorrida em 2017 por conta do submarino ARA San Juan evidenciou a necessidade operacional.
As aeronaves devem ser operadas pela Escuadrilla Aeronaval de Exploración, com sede em Trelew, cidade próxima ao litoral, no centro do país. A Armada Argentina também espera contar no local com um P-3B atualmente em fase de recuperação estrutural e modernização na FAdeA.
Em 1997, a Argentina começou a operar um lote de seis P-3B adquiridos usados da US Navy. As aeronaves, fabricadas na década de 70, começaram um processo de modernização em 2015, porém, a falta de recursos e dificuldades técnicas fizeram a frota parar de vez e só um P-3B começou a efetiva atualização.

Compra da Noruega
A assinatura do contrato para a aquisição de quatro P-3 para a Armada Argentina ocorreu seis dias após o governo dos EUA autorizar o país latino a adquirir esse modelo de aeronave. Somente após isso foi possível a compra das aeronaves diretamente do governo da Noruega.
Serão três aeronaves P-3C inicialmente entregues à Noruega em 1989, 1991 e 1999, além de um P-3N, versão mais focada em busca e salvamento, recebida pelos noruegueses em 1996. Os aviões vão ser entregues sem os equipamentos de datalink. Nada foi confirmado sobre armamentos.
O país escandinavo adotou o P-8 Poseidon para a Luftforsvaret, a sua força aérea.
F-16 não confirmados
A mesma autorização para a Argentina comprar os P-3 serviu também para a proposta de venda de 24 caças F-16 da Dinamarca para os argentinos. Porém, o Ministério da Defesa do país ainda não se manifestou sobre esse contrato. Pelo contrário: autoridades do país estiveram na China nesta semana, onde ocorrem negociações para a adoção do caça sino-paquistanês JF-17 Thunder.
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