A Áustria desistiu de vender seus quinze jatos Eurofighter Typhoon e vai modernizar a frota, de acordo com a imprensa do país. O cenário estratégico na Europa revela uma verdadeira mudança de posicionamento.
A ideia agora é investir para adotar mísseis para combate além do alcance visual, podendo ser os norte-americanos AIM-120 AMRAAM ou os europeus Meteor. Atualmente, os caças austríacos são limitados aos IRIS-T, de curto alcance.
Também está planejada a adoção de sistemas de autodefesa melhorados e de melhor capacidade para combate noturno. Vale lembrar que a Áustria adquiriu os Eurofighter Typhoon de primeira geração, chamada de Tranche 1, sem capacidade multifunção.
Baixa operacionalidade
Até recentemente, o Eurofighter era basicamente uma dor de cabeça para a Áustria. As decepções começaram desde a assinatura do contrato, em 2003. Das 24 unidades anunciadas, firmou-se a compra de 18, por questões de cursos. Porém, em junho de 2007, um mês antes da chegada da primeira aeronave, o pacote já foi reduzido para quinze unidades.
O alto custo operacional cobrou seu preço. Em 2014, o orçamento de defesa do país ficou tão apertado que havia informações de que haveriam apenas doze pilotos qualificados para as quinze aeronaves. Em 2017, em meio às acusações de relações com lobistas, o governo decidiu que a venda dos caças com menos de dez anos de uso seria um bom negócio.
As poucas horas de voo voadas pelos Eurofighter austríacos poderiam torná-los atrativos para outras forças aéreas interessadas no negócio. A última das quinze unidades recebidas entrou em serviço somente em 2009.
Vale lembrar que a Força Aérea da Áustria tem pouca tradição na operação de aeronaves de caça. Em 1985 o país comprou caças suecos Saab J-35 Draken usados, mas não podia operar com mísseis ar-ar porque essa era uma proibição do Tratado de 1955 que deu independência ao país, que lutou do lado do Eixo na Segunda Guerra Mundial. A proibição de ter caças armados caiu somente em 1993.
Os J-35 foram aposentados em 2005. Nos dois anos seguintes, caças F-5E, também usados, dessa vez pela Suíça, operaram como uma solução tampão até a chegada dos Eurofighter Typhoon, cuja compra foi a primeira de caças a jato novos pelo país e até hoje o maior investimento dos austríacos em suas forças armadas.
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Então devem ser está unidades que podem ir parar ou no Chile ou Colômbia?