AVIAÇÃO COMERCIAL & PRIVADA

Covid pode acabar com assento do meio nos aviões e subir preços das passagens

Nas últimas décadas as companhias aéreas conseguiram ampliar negócios e baratear voos com uma estratégia simples: aumentar o número de pessoas a bordo com o uso de poltronas mais apertadas e com menor espaço entre passageiros. Com a epidemia de Covid-19, porém, essa lógica pode ser perdida: a necessidade de manter distância entre as pessoas pode obrigar a deixar vago o assento do meio nos voos comerciais enquanto o novo corona vírus for uma ameaça. A perda de 1/3 da capacidade máxima também deve significar um aumento do preço das passagens aéreas.

Também vai demorar para ser possível ver muitos voos lotados. Cerca de 60% dos passageiros devem voltar a voar assim que puderem, mas 40% devem esperar seis meses ou mais. O problema é que 70% das pessoas afirmam que só cogitam uma nova viagem aérea somente após estabilizar sua situação financeira pessoal. O resultado mais imediato é que as companhias aéreas devem perder 314 bilhões de dólares em 2020, uma queda de faturamento de 55% quando comparado com 2019.

O cenário foi apresentado por Alexandre de Juniac, diretor da Associação Internacional das Companhias Aéreas (IATA, na sigla inglesa), durante um briefing realizado para as empresas nesta terça-feira. “Nós ainda estamos no meio de uma crise. As implicações disso não são teóricas”, afirmou.

Alexandre de Juniac defendeu também que os governos, as empresas e a indústrias precisam estar alinhados para que as medidas de segurança sejam adotadas de forma coordenada. A IATA defende o estabelecimento de metas e métodos globais para o enfretamento da pandemia, sempre com estratégias para a saída da crise.

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