AVIAÇÃO MILITAR & DEFESA

Gripen brasileiro chegou menos de 6 anos após assinatura do contrato

Primeiro voo de um Gripen brasileiro com piloto brasileiro, realizado em agosto, na Suécia. Foto: Saab

O primeiro caça F-39 Gripen da Força Aérea Brasileira chegou nesta manhã ao país. O marco acontece menos de seis anos após a assinatura do contrato, publicado no Diário Oficial da União de 24 de outubro de 2014. O valor é de 39.882.335.471,65 Coroas Suecas. O preço em Dólar ou Real depende da cotação do dia, estando hoje, segundo o Banco Central, em 4,5 bilhões de dólares ou 24 bilhões de Reais.

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Essa primeira aeronave veio a bordo do navio Elke AG sem ter sido desmontada. A expectativa é de que o avião seja levado do porto de Navegantes (SC) para o aeroporto da cidade, de onde deve realizar seu primeiro voo, diretamente para Gavião Peixoto (SP), local fica a sede da Embraer onde serão realizados testes finais.

A entrega efetiva para a Força Aérea Brasileira deve ocorrer no próximo ano, mas o primeiro Gripen será apresentado oficialmente no dia 23 de Outubro durante a solenidade do Dia do Aviador, em Brasília (DF). A chegada hoje, 20 de setembro, ocorre com outra coincidência: a FAB celebra hoje o nascimento do Brigadeiro Eduardo Gomes, patrono da Força Aérea Brasileira.

O prazo de entrega não é atípico. A Bélgica, por exemplo, anunciou em outubro de 2018 a compra do norte-americano F-35. As primeiras unidades vão ser entregues em 2023, cinco anos depois, para treinamentos ainda nos Estados Unidos. O pouso em uma base belga acontecerá em 2024. No caso do Brasil, já tivemos voo do protótipo com um piloto brasileiro a bordo.

E há ainda outra diferença: F-35 já é uma aeronave em uso, inclusive em combate, enquanto o Gripen brasileiro está em fase final de desenvolvimento, que incluiu até inovações propostas pelo Brasil, como o Wide Area Display, desenvolvido pela AEL, empresa sediada no Rio Grande do Sul. Atualmente, mais de 400 profissionais brasileiros participam do desenvolvimento.

A Suécia opera versões mais antigas do caça Gripen desde 1997 e já fez exportações para República Tcheca, Hungria, África do Sul, Tailândia e para a escola de piloto de testes do Reino Unido. Mas o novo Gripen, por enquanto, será recebido somente pela Suécia e pelo Brasil, que já produz parte das aeronaves aqui, com a participação de empresas como a Akaer, AEL, Imbra, Atmos e Embraer.

O Gripen foi selecionado após análises de aspectos operacionais, técnicos, logísticos, de custos e de transferência de tecnologia. O relatório elaborado pela Força Aérea Brasileira teve 33 mil páginas e incluiu análises das indústrias, dos projetos e de uma equipe formada por pilotos, engenheiros, oficiais de logística e de outras especialidades.

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O anúncio do Gripen como vencedor da concorrência chamada de Projeto F-X2, realizado no dia 18 de dezembro de 2013, após superar os demais concorrentes: Sukhoi Flanker, Eurofighter Typhoon, Lockheed F-16, Dassault Rafale e Boeing F-18 Super Hornet. Hoje, a aeronave também é analisada pelas forças aéreas da Finlândia e do Canadá.

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