O Quirguistão deve se tornar o primeiro país a confiar em drones como principais meios aéreos de combate. A ex-república soviética tem enfrentado seu vizinho Tajiquistão em disputas fronteiriças, com embates que já deixaram centenas de mortos, e agora pretende investir em drones para tentar melhorar sua capacidade bélica. Atualmente, a força aérea quirguiz é composta por apenas quatro helicópteros utilitários Mi-8 e dois de ataque Mi-24.
No dia 12 de outubro, o chefe do comitê de segurança nacional do Quirguistão, Kamchibek Tashiev, publicou na sua conta pessoal do Facebook fotos suas na sede da Bayraktar, empresa turca que tem se tornadado famosa pelo sucesso dos seus drones de reconhecimento e de ataque. Tashiev foi direto na legenda: “O Akynji é nosso! Graças ao nosso povo irmão!”.
Akynji é o nome de um drone produzido pela Bayraktar com 20 metros de envergadura, autonomia de 24 horas, velocidade de cruzeiro de 150 nós e peso máximo de decolagem de 5,5 toneladas. O Akynji pode levar sensores óticos, pods de guerra eletrônica, um radar do tipo AESA e antenas para controle por satélite. Sua capacidade bélica é maior que a do já famoso Bayraktar TB2, em uso na Ucrânia no atual conflito contra a Rússia.
O Quirguistão já é operador do Bayraktar TB2 e do Orlan-10, de origem russa. Ambos são usado prioritariamente para missões de reconhecimento. Não foi revelado, contudo, quais os números da frota.
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