O Black Hawk atingiu em janeiro a marca de 5.000 unidades entregues pela Sikorsky. O modelo voou pela primeira vez em 1974 com a difícil tarefea de substituir os clássicos Bell UH-1 Iroquois, tendo entrado em serviço cinco anos depois. Agora, com mais de 40 anos de serviço, o Black Hawk está em serviço em mais de 30 países, tanto em forças militares quanto civis. O próximo passo da Sikorsky, contudo, é garantir que essa história ainda tenha muitos capítulos.
Em 2022, chamaram a atenção dos voos de teste de uma versão não tripulada do helicóptero. Se em fevereiro foi realizado uma missão simples, em novembro já foram realizados viagem de 130 km, transporte de carga para um cenário de campo de batalha, transporte com carga levada em guincho e uma evacuação aeromédica. O sistema Matrix, da Sikorsky, foi desenvolvido em parceria com a Defense Advanced Research Projects Agency (DARPA).
Foto: DARPA
A ideia, porém, não é substituir pilotos. O objetivo é proporcionar maior flexibilidade, seja para operar, por exemplo, com um único tripulante, seja para que eles possam ter auxílio em missões mais complexas. A evacuação aeromérica em território hostil, por exemplo, é apontada pelo Pentágono como uma das mais arriscadas, com elevado risco de ampliar o número de militares em risco.
Outros desenvolvimentos estão em curso. Isso inclui uma maior facilidade para incorporar tecnologias, motores mais potentes e com menor consumo de combustível, aviônicos que proporcionem uma visão virtual para dar aos tripulantes uma noção de todos os obstáculos ao redor da aeronave e sistemas preditivos de manutenção para reduzir o tempo em solo. Esses desenvolvimentos devem ser aplicados tanto na versão “básica” utilizada por exércitos e forças aéreas, quanto pelos Sea Hawk e Fire Hawk, respectivamente, para uso naval e no combate a incêndios.
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