Honduras desiste de troca de aeronaves militares com o Brasil

O plano de troca de aeronaves militares entre Honduras e Brasil não prosperou. A informação do chefe da Secretaría de Defensa Nacional (Sedena), José Zelaya, foi publicada pelo jornal El Heraldo. A ideia era o Brasil transferir para a Fuerza Aérea Hondureña (FAH) cinco helicópteros Bell H-1H e um C-130 Hércules, além de motores e peças de reposição. Em troca, a Força Aérea Brasileira receberia dois Cessna 208 Caravan.

Para o Brasil, seria um bom negócio: os H-1H foram aposentados em 2018, tendo sido substituídos pelos H-60 Black Hawk. Já os C-130 estão em fase de substituição pelos KC-390. Metade da frota já está fora de serviço e a expectativa é de retirar todos de serviço até o próximo ano.

Por outro lado, o Caravan é apreciado pela alta disponibilidade e possibilidade de operar em pistas curtas e não preparadas, além de complementar a já envelhecida frota de C-95 Bandeirante, modelo que dá sinais de cansaço mesmo com a modernização. Em 2023, os C-98 Caravan têm sido o destaque na Operação Yanomami, que tem como base principal a pista de Surucuru, com apenas 1.067 metros de comprimento.

Porém, de acordo com a autoridade hondurenha, a análise da FAH foi a de que os H-1H e C-130 brasileiros levariam teriam um custo operacional muito elevado, não ajudando a cumprir a meta de ter pelo seis helicópteros do tipo em serviço. A FAH planeja ainda manter operacionais seis H-145, sete Bell 412, dez Tucanos, quatro A-37 Dragonfly e quatro dos seus F-5.

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