AVIAÇÃO MILITAR & DEFESA

Porta-aviões de nova geração dos EUA parte para primeira missão 

USS Gerald Ford em testes. Foto: US Navy

Cinco anos após ser oficialmente incorporado à US Navy, período no qual enfrentou uma série de problemas técnicas, o porta-aviões USS Gerald R. Ford (CVN-78) partiu no dia 3 de outubro para a sua primeira viagem operacional. O navio vai cruzar o Atlântico e operar na Europa. No caminho, deve realizar exercícios com forças da Alemanha, Canadá, Dinamarca, Espanha, Finlândia e Suécia, sendo os dois últimos países recentemente ameaçados pela Rússia.  

O USS Gerald R. Ford é o primeiro porta-aviões da sua classe, com várias melhorias frente aos da classe anterior, a Nimitz, atualmente com dez unidades em serviço (USS Nimitz, USS Dwight D. Eisenhower, USS Carl Vinson, Theodore Roosevelt, Abraham Lincoln, George Washington, John C. Stennis, Harry S. Truman, Ronald Reagan e George H. W. Bush). 

Porta-aviões deixa a sua base, em Norfolk. Foto: US Navy

Entre as principais novidades da versão é a nova catapulta eletromagnética, de operação mais rápida e de manutenção mais simples. Há também vários sensores modernos, como radares e sonares, além de um novo modelo de reator nuclear, com mais produção de energia elétrica para os motores e os sistemas de bordo. A US Navy também garante que o modelo tem uma assinatura radar menor. 

O seu convés e seu hangar abrigam aeronaves da Carrier Air Wing 8 (CVW-8), atualmente formada pelos esquadrões VFA-87 Golden Warriors, VFA-37 Bulls, VFA-31 Tomcatters e VFA-213 Black Lions, todos equipados com caças F-18 Super Hornet; VAQ-142 Gray Wolves, com os EA-18G Growler; VAW-124 Bear Aces, com os E-2D Hawkeye; HSC-9, com MH-60S Seahawk; HSM-70 Spartans, com os MH-60R. A capacidade é de levar até 90 aeronaves para 160 decolagens por dia ao longo de um mês, podendo haver um pico de 270 surtidas em um intervalo de 24 horas. Apesar de dessa vez o grupo aéreo ser formado por caças F-18, o foco será a operação dos F-35 C. 

É a primeira vez em que o porta-aviões parte para uma missão operacional. Foto: US Navy

O porta-aviões não vai sozinho. Nesta primeira missão estará acompanhado do cruzador USS Normandy e dos destroieres USS Ramage, USS McFaul e USS Thomas Hudner, além do navio-tanque USNS Joshua Humpreys, do cargueiro USNS Robert E. Peary e do USCGC Hamilton, da guarda-costeira.  

Com 100 mil toneladas de deslocamento, o USS Gerald R. Ford será uma presença icônica em águas europeias. Ele é quase quatro vezes mais pesado que o porta-aviões espanhol Juan Carlos I (26.000t) e mais de três vezes que o italiano Cavour (30.000t) e mais que o dobro do francês Charles de Gaulle (42.000t). Os britãnicos Queen Elizabeth e Prince of Wales chegam às 65.000t. Já o chinês Fujian tem até 80 mil toneladas de deslocamento. Os norte-americanos Nimitz  

A US Navy tem mais três porta-aviões da mesma classe em construção: o CVN-79 John F. Kennedy, o CVN-80 Enterprise e o CVN-81 Doris Miller. Eles devem entrar em serviço em 2024, 2028 e 2032, permitindo a aposentadoria dos navios da classe Nimitz mais antigos, que datam da década de 50. 

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