A maior exposição de defesa do Oriente Médio, a IDEX 2023, realizada em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos, já teve um anúncio de peso. O país decidiu firmar com a China o contrato para a aquisição de 12 jatos de treinamento L-15 Falcon. Apesar de pequena, a compra pode significar uma pressão sobre os Estados Unidos.
Há um ano o país árabe já negociava a aquisição do L-15, um caça leve, com espaço para dois ocupantes, velocidade máxima de Mach 1.4 e potencial para se tornar tanto um modelo para treinamento avançado de pilotos de combate quanto para assumir a defesa de países com orçamento mais limitado, como é o caso de Zâmbia, que adquiriu meia dúzia de L-15. Argentina e Uruguai, por exemplo, são focos da campanha de vendas chinesa.
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No caso dos Emirados Árabes Unidos, a tendência seria o uso como treinador avançado. Neste caso, apesar da tradição de ter diversidade de fontes de material militar, surpreenderá o uso de um produto chinês para o treinamento avançado dos futuros piltos de caças F-16, Rafale e Mirage 2000. Mais ainda: o anúncio da nova aquisição dos Emirados Árabes pode significar um afastamento dos EUA.
Ao anunciar que há a opção de adquirir mais 36 aeronaves, compondo uma frota total de 48 unidades, o governo em Abu Dhabi sinaliza a intenção de fortalecer a parceria com os chineses. Isso acontece em paralelo com dificuldades crescentes de negociação para a compra dos F-35, uma demanda apresentada pelos Emirados Árabes Unidos desde 2010 e que vem enfrentando pressões contrárias nos Estados Unidos.
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De fato, o L-15 e o F-35 são aeronaves de categorias completamente distintas. Enquanto o primeiro é um caça leve, o segundo é um modelo stealth, de quinta geração, que formará a primeira linha de defesa de vários países da OTAN nas próximas décadas. Porém, o acordo com a China revela a intenção de deixar de lado a preferência por produtos de origem norte-americana.
Em dezembro, os Emirados Árabes Unidos ameaçaram cancelar de vez a possível compra bilionária de 50 caças F-35. A justificativa é a de Washington exige uma série de garantias que o país discorda, como o banimento de redes 5G da China e o fim de contratos militares com a Rússia ou com a China, nações que, por outro lado, também têm caças stealth a oferecer, como o Su-57, o Checkmate, o J-20 e o FC-31.
Para os chineses, outro saldo positivo é alcançar mais uma venda no disputado mercado de jatos leves, que conta com rivais de peso, como o JF-17 Thunder, o M346, o L159, e o FA-50.
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