Em um ato mais simbólico que efetivo, a Força Aérea Argentina deslocou dois jatos de treinamento IA-63 Pampa para a Base Aérea de Río Gallegos, no sul do país. O objetivo seria reforçar a proteção do espaço aéreo naquela área, próxima ao Chile.
Em 30 de maio, a Argentina voltou a ter um radar na área, com a instalação de um novo equipamento RPA-170M em Cabo Domingo, próximo à base aeronaval localizada na cidade de Rio Grande. O resultado foi a detecção de movimentos aéreos não esperados.
Somente entre 27 e 30 julho, cinco aeronaves não classificadas voaram sem autorização sobre o espaço aéreo argentino. Classificado pelo governo local como “de extrema gravidade”, o incidente ocorreu na Terra do Fogo, no extremo sul do país.
De acordo com o Comando Aeroespacial de Merlo, a rota das aeronaves em voo não autorizada sugere uma ida do Chile até o arquipélago das Malvinas, chamadas pelos britânicos de Falklands e sob autoridade de Londres desde o fim do conflito em 1982. De acordo com o governo argentino, as aeronaves não tinham plano de voo nem se comunicaram com as autoridades de controle do espaço aéreo.
Voos entre as Malvinas/Falklands não são proibidos. A companhia aérea Latam tem linhas regulares que, inclusive, cruzam o território argentino. O que o governo do país reclama agora é a detecção de aeronaves que voavam sem pedir autorização.
Faltam, no entanto, meios aéreos adequados para interceptações. Hoje a Argentina não possui mais aeronaves de caça supersônicas, restando os subsônicos A-4 AR e IA-63.
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