Ao completar 50 anos do seu primeiro voo e com 45 anos de serviço com a United States Air Force (USAF), o F-16 poderá ter ainda décadas em operação com as cores do seu país de origem. Isso porque a USAF prevê voar F-16 por pelo menos mais 20 anos, graças a um amplo processo de modernização.
Um total de 608 caças devem passar tanto por reforço estrutural quanto receberem melhorias na parte eletrônica. A aeronave mais antiga saiu da linha de montagem no fim de 1988, enquanto a mais nova foi recebida pela USAF em março de 2005. Desta forma, não restarão muitas para eventuais vendas de usados.
Em 2022, foi iniciado o Service Life Extension Program (SLEP), uma série de modificações nas células para ampliar a vida útil total de 8 mil para 12 mil horas. Cada F-16 fica parado ao longo de nove meses em um serviço que vai desde substituição de anteparas e longarinas até novos a instalação de novos suportes estruturais. A caixa de asa e toda a parte superior da fuselagem são trocados.
A parte eletrônica também é completa. Há a instalação do radar APG-83 e de uma nova central de processamento de dados, permitindo o uso de modo de abertura sintética e detecção de alvos no ar e na superfície simultaneamente. Um novo sistema de guerra eletrônica, o AN/ALQ-257, da Northrop Grumman, tem o dever de dar sobrevivência aos F-16 mesmo em uma arena de combate moderna. Uma das vantagens do equipamento é que ele foi instalado internamente, não sendo necessário utilizar nenhuma das estações subalares. Haverá melhorias ainda no datalink.
O investimento total deve chegar a pelo menos 6,3 bilhões de dólares, mesmo com boa parte do trabalho ocorrendo nas próprias bases aéreas. Atualmente, a USAF possui cerca de 840 caças F-16 em serviço. Os primeiros F-16A iniciaram a vida operacional em 1979. Dois anos depois já voavam os F-16C/D dos Blocks 25 a 32. Em 1989 foram recebidos os primeiros dos Blocks 40 e 42. A partir de 1994 começaram a operar os Block 50 e 52.
Com modelos mais modernos na frota, como os F-22, F-35, F-15EX Strike Eagle II e até mesmo o futuro NGAD, o F-16 certamente não será a aeronave mais capaz da USAF daqui a 20 anos. Porém, o jato hoje fabricado pela Lockheed Martin ainda poderá realizar missões de combate em cenários menos complexos ou quando as defesas inimigas já tiverem sido quase que completamente eliminadas.
Globalmente, ainda há nações com caças F-16 encomendados, havendo pedidos assinados para mais 140 unidades novas. Isso significa que há a possibilidade de o F-16 estar em serviço até 100 anos após o seu primeiro voo.
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